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Mostrando postagens de 2023

Botocudos

        Botocudos e  P uris Os Botocudos também eram conhecidos como Aimorés ou Tapuia s. Os subgrupos dos Botocudos eram os Naknenuk , os Kraknun , os Pejaerum os Jiporok e os Pojixá [1] ,  os Näk-erehä, os Etwet, os Takruk-krak e os Nep -nep. [2] Habitavam as regiões do Vale do Salitre, nas regiões do rio Pardo e Jequitinhonha, na Bahia, do rio Doce e do rio São Mateus no Espírito Santo, da Serra dos Aimorés, em Minas Gerais [3] . Pertenciam ao tronco linguístico macro-jê. Eram caçadores-coletores e seminômades. Sua organização social baseava-se em pequenos grupos e a divisão do trabalho ocorria conforme a sexualidade. Sua religião centrava-se em espíritos encantados dos mortos. [4]   Por que recebiam esse nome?   Os Botocudos eram assim chamados devido ao uso dos botoques labiais e auriculares. Esses ornamentos eram feitos de madeira extraída de uma planta chamada barriguda. Depois de cortada em diversos formatos, era desidratada no forno, tornando-se leve e branca. Em seguida, o

Puris

Os Puris eram índios do tronco linguístico macro-jê e habitavam a região do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Eles viviam da caça, da pesca e da coleta de vegetais. Nos séculos XVIII e XIX, praticavam a agricultura de mandioca, milho, feijão, entre outros. [1] Os Puris eram nômades.  As moradias dos Puris eram feitas de paredes de ripas leves amarradas com cipós. O teto era feito com folhas de palmeira ou palha de milho. Dormiam em redes de algodão. [2]   As aldeias poderiam ser circulares, compostas por seis a oito moradias. Utilizavam os acampamentos rochosos como espaços religiosos de caça e de cemitério. Os homens dedicavam-se à guerra, à caça e à pesca. Já as mulheres cuidavam do preparo dos alimentos, da construção de cabanas, de acender o fogo. As mulheres produziam cestarias e redes de dormir. Elas elaboravam a cerâmica e eram responsáveis pelo preparo de bebida fermentada de milho. [3] No século XVI, os índios Puris foram reunidos em aldeias, sendo uma

Temiminós

  Temiminós                            Os Temiminós eram povos do tronco tupi, inimigos dos Tupinambás (Tamoios). Viviam da agricultura. Eram conhecidos como maracajás , ou seja, gato-do-mato. Os Temiminós ocuparam a atual região da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro e também a região litorânea do Espírito Santo. Os Tupinambás se aliaram aos franceses porque a eles era concedido melhor tratamento do que em relação aos portugueses, pois não eram vítimas de maus tratos e de injustiças. Em 1555, os franceses já estavam bem estabelecidos na ilha de Villegaignon e pretendiam fundar ali a França Antártica. Em 1557, Nóbrega propunha a fundação da cidade do Rio de Janeiro como forma de defender a região e impedir o avanço dos franceses. Mem de Sá pretendia fortificar o Espírito Santo como barreira para conter os franceses. [1]   Em 1567, os índios Temiminós liderados por Maracajaguaçu , ou o Grande Gato, lutaram contra os Tamoios e aliaram-se aos portugueses na luta contra os francese

População indígena e terras indígenas no Brasil

Segundo o Censo do IBGE de 2022 a população indígena é de 1.693.535 h abitantes em todo o Brasil, equivalente a 0,83 % da população total do país. [1] Segundo dados do IBGE de 2010, a população era composta por 305 etnias e 274 idiomas indígenas. A região Norte do país concentra 45% dos indígenas brasileiros, com destaque para o estado do Amazonas, que tem 490,9 mil indígenas, ou 29% do total. [2]   Em seguida, vem o Nordeste, com 31% dos indígenas do país. O destaque da região é a Bahia, o segundo estado com mais indígenas do país – quase 230 mil. [3]   As demais regiões têm a seguinte distribuição: Centro-Oeste (11,80% ou 199.912 pessoas indígenas), Sudeste (7,28% ou 123.369) e Sul ( 5,20% ou 88.097).  [4]   O censo apontou a presença de indígenas em todas as regiões e em todos os estados brasileiros. Das 5.570 cidades do país, 4.832 têm moradores indígenas (86,8%). [5]    As terras indígenas são 732 áreas, perfazendo uma extensão total de 117.377.553 hectares (1.173.776 km2),