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O livro História dos Índios do Espírito Santo





O livro História dos Índios do Espírito Santo foi publicado com o apoio das Leis de incentivo Rubem Braga, de Vitória e Chico Prego, da Serra. O livro narra a história e a cultura dos povos indígenas do estado. A publicação surgiu a partir da necessidade de elaborar um material didático adequado e atualizado sobre os povos do Espírito Santo para atender a lei 11.645/08. A abordagem do livro leva em conta fontes históricas, documentos, imagens, depoimentos orais. Os principais temas retratados são referentes aos povos indígenas em sua história e no tempo presente. As ilustrações são de uma professora indígena tupinikim, Leidiane Pego. As fotografias são de Gabriel Lordêllo.

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Os índios Guarani do Espírito Santo

Onde estão e quantos são Os Guarani são 284.806 pessoas e estão distribuídas em 1461 comunidades, aldeias, bairros urbanos ou núcleo familiares nos quatro países. A maior parte da população Guarani – 85.255 pessoas – vive no Brasil, seguidos de 83.019 na Bolívia, 61.707 no Paraguai e 54.825 índios na Argentina. [1]                                   cestaria guarani Em nosso país, os Guarani localizam-se nos estados do Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Os antropólogos costumam dividir os Guarani em três subgrupos chamados: Mbya, Nhandeva, Kaiowa. Essa divisão ocorre a partir das diferenças linguísticas e culturais dos povos. No Espírito Santo, os Guarani  estão localizados no município de Aracruz, litoral norte do Estado. A população Guarani reside em territórios dos índios Tupinikim de Caieiras Velhas I e II, nas aldeias de Boa Esperança, Olho D´Á

Temiminós

  Temiminós                            Os Temiminós eram povos do tronco tupi, inimigos dos Tupinambás (Tamoios). Viviam da agricultura. Eram conhecidos como maracajás , ou seja, gato-do-mato. Os Temiminós ocuparam a atual região da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro e também a região litorânea do Espírito Santo. Os Tupinambás se aliaram aos franceses porque a eles era concedido melhor tratamento do que em relação aos portugueses, pois não eram vítimas de maus tratos e de injustiças. Em 1555, os franceses já estavam bem estabelecidos na ilha de Villegaignon e pretendiam fundar ali a França Antártica. Em 1557, Nóbrega propunha a fundação da cidade do Rio de Janeiro como forma de defender a região e impedir o avanço dos franceses. Mem de Sá pretendia fortificar o Espírito Santo como barreira para conter os franceses. [1]   Em 1567, os índios Temiminós liderados por Maracajaguaçu , ou o Grande Gato, lutaram contra os Tamoios e aliaram-se aos portugueses na luta contra os francese

Botocudos

        Botocudos e  P uris Os Botocudos também eram conhecidos como Aimorés ou Tapuia s. Os subgrupos dos Botocudos eram os Naknenuk , os Kraknun , os Pejaerum os Jiporok e os Pojixá [1] ,  os Näk-erehä, os Etwet, os Takruk-krak e os Nep -nep. [2] Habitavam as regiões do Vale do Salitre, nas regiões do rio Pardo e Jequitinhonha, na Bahia, do rio Doce e do rio São Mateus no Espírito Santo, da Serra dos Aimorés, em Minas Gerais [3] . Pertenciam ao tronco linguístico macro-jê. Eram caçadores-coletores e seminômades. Sua organização social baseava-se em pequenos grupos e a divisão do trabalho ocorria conforme a sexualidade. Sua religião centrava-se em espíritos encantados dos mortos. [4]   Por que recebiam esse nome?   Os Botocudos eram assim chamados devido ao uso dos botoques labiais e auriculares. Esses ornamentos eram feitos de madeira extraída de uma planta chamada barriguda. Depois de cortada em diversos formatos, era desidratada no forno, tornando-se leve e branca. Em seguida, o